Método Filosófico Vs Método Científico

A filosofia ao contrário do que muita gente pensa, é uma ciência.
Ao contrário do método científico, em que o resultado é afirmações abstractas para um certo domínio, no método filosófico não se visa um conjunto de afirmações abstractas sobre esta ou aquela parte da realidade, mas sim a capacidade do sujeito humano para a apreensão concreta dos nexos entre conhecimento e realidade.
Como diz Thomas Nagel “ A filosofia faz-se colocando questões, argumentando, ensaiando ideias e pensando em argumentos possíveis contra elas, e procurando saber como funcionam realmente os nossos conceitos.”. Nagel nesta frase acaba por caracterizar muito bem o que é o método filosófico, ou seja no método filosófico primeiro, surge uma questão, depois ensaiam-se ideias e argumentos possíveis, em seguida testa-se os mesmos argumentos, posteriormente formulam-se contra-argumentos e finalmente faz-se uma conclusão plausível, enquanto o método científico assenta na observação, na formulação de ideias, numa experiência, numa conclusão e por fim numa teoria.
O que distingue a filosofia da ciência, não é o facto de a filosofia estar fora do campo da experiência e a ciência o estar. Não. O que distingue estas duas áreas é que a filosofia é uma espécie de árvore de Outono, ou seja liberta muitas e muitas questões que voam no nosso pensamento, como se estas se tratassem de tapetes de folhas a libertarem-se para uma nova viagem, uma nova ideia. E as diferentes ciências são como que ramos dessa árvore, reais e concretos. Em cada ciência há uma filosofia adormecida, que ao acordar condiciona em maior ou menor peso a solidez dessa ciência.  
Logo podemos concluir que os dois métodos estão interligados, englobando o método filosófico, os diversos métodos científicos adicionados do método especulativo.

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