Racionalidade científica. Tradicionalmente pensamos numa racionalidade científica objectiva, neutra e verdadeira. Tal como vemos a imagem de um cientista como um ser puro, racional, objectivo e obcecado pela descoberta de novos factos. Só que esta ciência mais racionalidade foi redefinida, porque a objectividade passou a ser entendida como intersubjectividade, pois as teorias cientificas estão dependentes da aceitação dos pares constituintes de uma comunidade científica; Porque o cientista não apresenta uma racionalidade pura e neutral, a sua racionalidade é condicionada. Porque não existe nenhuma verdade absolutamente certa, universal e necessária, existem apenas verdades dependentes dos diferentes quadros paradigmáticos. E porque os processos demonstrativos não são os únicos procedimentos científicos, pelo que se acrescentam processos argumentativos. Assim sendo, a ciência e o conhecimento cientifico é uma forma de interpretar o real, porque o conhecimento não é o reflexo do real, é antes uma interpretação e leitura do mesmo. Existem outras formas de interpretar o real, outras artes para além da ciência que também viajam pelo campo da racionalidade científica como a pintura e a filosofia.
Objectividade Científica. Existe uma concepção tradicional da Ciência, sedimentada e assumida irreflectidamente, creio, pela maioria dos cientistas (particularmente, os naturais), segundo a qual a Ciência constitui um saber “objectivo”em sentido etimológico, vale dizer, um saber que corresponde ao que o objecto pesquisado efectivamente é. Note-se que, na concepção tradicional, “objectividade” designa a pretensão que define a Ciência como conhecimento (adequar-se ao seu objecto, sendo desse modo um saber verdadeiro); o modo de garantir essa pretensão (o controle intersubjectivo); E a condição para exercitá-la (a superação dos elementos de valor puramente pessoal). Uma afirmação é “objectiva” se – e à medida que – atinge seu objecto, vale para todos e não se prende a peculiaridades pessoais. Note-se também que, na concepção tradicional, será tanto maior a objectividade quanto menor a subjectividade envolvida no processo de conhecimento, ou seja, quanto mais se reduza o pesquisador a uma entidade impessoal: qualquer indivíduo com a necessária formação profissional. A objectividade científica assim entendida inclui uma dimensão ética: espera-se que o investigador seja sempre honesto e escrupuloso, sincero consigo mesmo e com os demais, humilde para reconhecer limitações e erros, corajoso para defender suas ideias. Espera-se também dele que seja independente de autoridades, ao mesmo tempo que considere sua contribuição ao saber como património de todos. Tais virtudes têm uma função técnica, porquanto supõe-se que a sua não-observância prejudica e até impossibilita a objectividade científica, tarefa eminentemente colectiva. Por último, observa-se que a objectividade assim concebida tem um carácter normativo: refere-se a como a Ciência deve ser cultivada para ser eficaz. Esboça um ideal, ao qual se presume todavia que a Ciência real sempre corresponde em alguma medida.
Valor da Ciência. A ciência veio tornar a nossa interpretação do real mais próxima daquilo que o real verdadeiramente é! Agora um doutor sabe muito mais, do que um curandeiro da Idade Média, tiveram diferentes professores, tiveram diferentes livros por onde estudar. Os cientistas de todo o mundo, ao gerarem conhecimentos novos nas mais diversas áreas do saber, permitem que professores de todo o mundo actualizem os referidos manuais e livros de estudo. Ou seja, a actividade científica, onde quer que seja realizada, desde que os seus resultados fiquem disponíveis em todo o mundo, é parcialmente responsável pela qualidade da formação de múltiplos profissionais. Essa qualidade tem um impacto óbvio na economia de um país. A ciência ao evoluir torna possível a aproximação da verdade e a aquisição de um conhecimento científico "se calhar" correcto. Ninguém atinge a perfeição, tal como ninguém atinge o conhecimento absoluto, mas a verdade é que a ciência juntamente com a filosofia e outras artes, torna possível a aproximação da PERFEIÇÃO!
Comente o texto nº2 da página 119 do manual. Questões para a exploração do texto: - Qual o significado da oposição sujeito/objecto? - Como se caracteriza a relação entre o sujeito e o objecto? - Que significa afirmar que a relação constituviva do conhecimento é dupla, mas não é reversível? - Quais as funções do sujeito e do objecto? - Qual a condição para que o sujeito aprrenda o objecto? - Quais os diferentes momentos em que se realiza o conhecimento? - Quais as implicações, ao nível do sujeito, decorrentes da aprrensão do objecto?
Foi em 2001 que o prof. Andrew Otike publicou o seu polémico livro Mental Obesity , que revolucionou os campos de educação , jornalismo e relações sociais em geral. Nessa obra, o catedrático de Antropologia em Harvard introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna . «Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura fisica por uma alimentação desregrada. Esta na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação e conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses.» Segundo o autor , « a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de proteínas mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono. As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas. Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada. Os cozinheiros desta magna" fast food intelectual" são os jornalistas e come
Todos nós resolvemos a maioria dos problemas do dia-a-dia recorrendo a conhecimentos básicos que possuímos. Tenho sede e sei como matar a sede; preciso de pagar uma multa e tenho conhecimento de todos os passos que devo efectuar para alcançar esse objectivo. Trata-se de conhecimentos superficiais, que toda a gente possui e que adquiriram através da experiência quotidiana, da observação simples da realidade e do contacto com as outras pessoas e das informações que, a vários níveis, vamos recolhendo. É assim que vamos adquirindo este conhecimento básico. São conhecimentos comuns e partilhados pela maioria das pessoas. Esta forma de conhecimento designa-se por senso comum e, apesar do seu carácter acrítico, é-nos muito útil para reconhecermos e ultrapassarmos as várias situações que vamos enfrentando no nosso dia-a-dia. Para lá deste nível superficial de conhecimento, existem outras formas de conhecimento, como é o caso do conhecimento científico, aquilo a que vulgarmente chamamos tamb
Racionalidade científica.
ResponderEliminarTradicionalmente pensamos numa racionalidade científica objectiva, neutra e verdadeira.
Tal como vemos a imagem de um cientista como um ser puro, racional, objectivo e obcecado pela descoberta de novos factos. Só que esta ciência mais racionalidade foi redefinida, porque a objectividade passou a ser entendida como intersubjectividade, pois as teorias cientificas estão dependentes da aceitação dos pares constituintes de uma comunidade científica; Porque o cientista não apresenta uma racionalidade pura e neutral, a sua racionalidade é condicionada. Porque não existe nenhuma verdade absolutamente certa, universal e necessária, existem apenas verdades dependentes dos diferentes quadros paradigmáticos.
E porque os processos demonstrativos não são os únicos procedimentos científicos, pelo que se acrescentam processos argumentativos. Assim sendo, a ciência e o conhecimento cientifico é uma forma de interpretar o real, porque o conhecimento não é o reflexo do real, é antes uma interpretação e leitura do mesmo. Existem outras formas de interpretar o real, outras artes para além da ciência que também viajam pelo campo da racionalidade científica como a pintura e a filosofia.
Objectividade Científica.
ResponderEliminarExiste uma concepção tradicional da Ciência, sedimentada e assumida irreflectidamente, creio, pela maioria dos cientistas (particularmente, os naturais), segundo a qual a Ciência constitui um saber “objectivo”em sentido etimológico, vale dizer, um saber que corresponde ao que o objecto pesquisado efectivamente é.
Note-se que, na concepção tradicional, “objectividade” designa a pretensão que define a Ciência como conhecimento (adequar-se ao seu objecto, sendo desse modo um saber verdadeiro); o modo de garantir essa pretensão (o controle intersubjectivo);
E a condição para exercitá-la (a superação dos elementos de valor puramente pessoal). Uma afirmação é “objectiva” se – e à medida que – atinge seu objecto, vale para todos e não se prende a peculiaridades pessoais. Note-se também que, na concepção tradicional, será tanto maior a objectividade quanto menor a subjectividade envolvida no processo de conhecimento, ou seja, quanto mais se reduza o pesquisador a uma entidade impessoal: qualquer indivíduo com a necessária formação profissional.
A objectividade científica assim entendida inclui uma dimensão ética: espera-se que o investigador seja sempre honesto e escrupuloso, sincero consigo mesmo e com os demais, humilde para reconhecer limitações e erros, corajoso para defender suas ideias. Espera-se também dele que seja independente de autoridades, ao mesmo tempo que considere sua contribuição ao saber como património de todos. Tais virtudes têm uma função técnica, porquanto supõe-se que a sua não-observância prejudica e até impossibilita a objectividade científica, tarefa eminentemente colectiva.
Por último, observa-se que a objectividade assim concebida tem um carácter normativo: refere-se a como a Ciência deve ser cultivada para ser eficaz. Esboça um ideal, ao qual se presume todavia que a Ciência real sempre corresponde em alguma medida.
Valor da Ciência.
ResponderEliminarA ciência veio tornar a nossa interpretação do real mais próxima daquilo que o real verdadeiramente é!
Agora um doutor sabe muito mais, do que um curandeiro da Idade Média, tiveram diferentes professores, tiveram diferentes livros por onde estudar. Os cientistas de todo o mundo, ao gerarem conhecimentos novos nas mais diversas áreas do saber, permitem que professores de todo o mundo actualizem os referidos manuais e livros de estudo. Ou seja, a actividade científica, onde quer que seja realizada, desde que os seus resultados fiquem disponíveis em todo o mundo, é parcialmente responsável pela qualidade da formação de múltiplos profissionais. Essa qualidade tem um impacto óbvio na economia de um país.
A ciência ao evoluir torna possível a aproximação da verdade e a aquisição de um conhecimento científico "se calhar" correcto.
Ninguém atinge a perfeição, tal como ninguém atinge o conhecimento absoluto, mas a verdade é que a ciência juntamente com a filosofia e outras artes, torna possível a aproximação da PERFEIÇÃO!