Trabalho de filosofia 1º período


Ana Rita Pereira 10º G1 CIC

Como a filosofia pode mudar a nossa vida?

Ao longo das últimas semanas, questionei várias pessoas com o propósito de perceber qual a noção que estas realmente tinham sobre a utilidade da filosofia no nosso dia a dia. Após ter recolhido toda a informação que pretendia, decidi elucidar todos os questionados da real utilidade da filosofia, pois acredito que essa seja a verdadeira missão de todos os estudantes desta disciplina.
 Através do inquérito realizado, obtive os seguintes resultados:



Como podemos verificar no gráfico, 47% das pessoas interrogadas não encontram qualquer utilidade quer no estudo, quer na aplicação da filosofia no nosso quotidiano, acreditando que em nada contribui adotar-mos esta disciplina na nossa vida. Por outro lado, também constatamos que 53% dos interrogados acreditam que a filosofia tenha realmente utilidade e que é uma mais valia empregá-la no nosso dia-a-dia.

Com este inquérito, pude também obter os seguintes depoimentos:

Filipa Pires, 27 anos, Técnica de Análises Clínicas

“A filosofia ajudou-me a ter um sentido ainda mais crítico sobre a forma como vejo o mundo, como por exemplo, querer saber o porquê das coisas e o porquê de elas serem como são e não aceitar todas as ideias já existentes. Penso que a grande utilidade da filosofia seja essa: não deixar que as pessoas sejam mais uma ovelha que segue o rebanho, mas permitir-lhes ser a ovelha que segue outro caminho para tentar chegar a outros destinos, percebendo se esses serão também acertados.”
                                                                                                                                                            
Deolinda Araújo, 41 anos, Técnica de Qualidade e Manufatura
“Na minha opinião, a filosofia desempenha o mesmo papel que as outras disciplinas, permitindo-nos ter conhecimento geral sobre o mundo, as coisas e nós mesmos.”

Leonor Soares, 16 anos, Estudante
“A filosofia dá-nos a conhecer outros pontos de vista acerca de determinadas situações.”

Gabriela Calviño, 16 anos, Estudante
“A filosofia faz com que adquiramos conhecimento acerca de assuntos que já nos são familiares e dá-nos a conhecer outras formas de pensar, alargando-nos os horizontes.”

João Miguel Araújo, 17 anos, Estudante
“Ajuda-nos a que consigamos abordar todas as questões de uma forma não tão exata, mas de uma forma mais “livre”, explorando todas as possibilidades de resposta aos problemas que encontramos.”

Matilde Sousa, 15 anos, Estudante
“A filosofia promove a visão do mundo de diferentes perspetivas, e auxilia-nos a ver realidades que talvez outros não conseguissem observar.”

Sabrina Rocha, 15 anos, Estudante
“Permite-nos refletir sobre diferentes assuntos e faz-nos questionar o porquê das coisas e tentar entender o sentido da vida”.

Nance Alves, 19 anos, Estudante
“Acredito que a filosofia tenha diversas utilidades. Uma delas suponho que seja facilitar a compreensão dos sentimentos, tanto dos outros, como de nós próprios. A filosofia tem como função ajudar-nos a entender os vários aspetos do nosso quotidiano, entre muitas outras. Acho crucial estudá-la, pois auxilia-nos a ver a vida de outra maneira e a solucionar problemas de diferentes formas e com diversas perspetivas.”

Clara Duarte, 14 anos, Estudante
“A filosofia serve para, de certa forma, nos abrir a mente, a fim de que comecemos a questionar tanto a nossa vida quanto a sociedade. Esta também faz com que mudemos as nossas mentalidades em relação a, por exemplo, ideais que tanto a sociedade como os media têm vindo a estabelecer, como “O que é o belo?”.”

João Silva, 15 anos, Estudante
“A filosofia permite-nos ver o mundo com outros olhos e ajuda-nos a alcançar-mos uma meta à qual muitos anseiam ascender: a felicidade. Por outro lado, como esta disciplina defende o debate através do diálogo, ao invés da discussão, automaticamente adquirimos mais conhecimento e aprimora-mos o nosso senso crítico.”

Aconselhamento filosófico
Uma das utilidades da filosofia, não muito conhecida em Portugal, é, por exemplo, o aconselhamento filosófico que, como Jorge Humberto Dias referiu numa entrevista em maio de 2011, se baseia na “utilização dos conteúdos da Filosofia (teorias, definições, métodos, técnicas, etc.) para a análise, dialogada, da vida de uma pessoa ou de um tópico em específico. No fundo, o Filósofo aconselha a pessoa a pensar melhor, ou seja, ajuda a pessoa a abrir o horizonte reflexivo, a encontrar eventuais contradições, a relacionar questões diferentes, a encontrar um sentido, etc.”;
Lou Marinoff é o criador do movimento de aconselhamento filosófico e também autor do livro Mais Platão, Menos Prozac onde aborda questões do quotidiano tentado por meio do chamado aconselhamento filosófico produzir uma filosofia que possa ser posta em prática no dia-a-dia.
Através deste trabalho, percebi que a filosofia tem uma grande utilidade para além da que pensamos, muitas vezes, ter. Além de nos fazer adquirir conhecimentos e ver o mundo de uma outra forma, a filosofia pode ser utilizada como uma forma de ajudar, através do aconselhamento filosófico, por exemplo.
Em suma, esta disciplina transcende os limites que, muitas vezes, lhe impomos.
A filosofia não se baseia apenas numa “disciplina obrigatória do secundário”, mas sim num modo de vida e, como alunos de filosofia, temos o dever de propagar isso para a sociedade.

Comentários

  1. Vivemos a nossa vida em função das expectativas que depositam em nós: na família, no emprego, nas relações de amizade…
    Mas, dentro de nós existe um “eu” que é mais do que aquilo que os “outros” veem. Este “eu” interior é camuflado por um “eu” criado à imagem e semelhança do que os outros esperam de mim.
    Por isso, para mim, a filosofia é mais do que a capacidade de refletir. É a necessidade de fazer! De pensarmos criticamente sobre a nossa vida, combatendo os estigmas, os pensamentos pré concebidos.
    Assim, a filosofia ajuda-nos a olhar “profundamente” para quem somos, porque o somos, procurando respostas que serão diferentes em função dos momentos e contextos em que nos encontramos.
    Texto de: Filipa Rodrigues, 28 anos, Socióloga.
    Alexandre Ferreira 10ºT1-12510

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