Resumo da aula de Filosofia, 10ºE - 02/02/11

A passada aula de Filosofia que foi leccinonada no dia 2 de Fevereiro de 2011, decorreu de uma maneira diferente e especial. Tudo começou com uma sugestão prévia da professora. A ideia agradou, foi aprovada e contou com a colaboração na organização de um grupo de alunos. Estavam criadas as bases para um excelente trabalho dentro da sala de aula.



O produto final foi uma aula diferente. Uma aula em que o aspecto acolhedor das mantas, o chá quente e os biscoitos caseiros promoveram um ambiente que proporcionou que a matéria fosse leccionada de uma forma mais lúdica e informal.


Com uma mudança de sala para facilitar a acomodação, os preparativos já dentro da mesma levaram a que o silêncio demorasse a reinar. Num dia como estes é de desculpar… Após alguns “Bons dias!” e com os protagonistas já instalados, a aula começou como todas as restantes desde o ínico do ano, ou seja, com a leitura do resumo da aula anterior. Desta vez, a tarefa calhou ao discente Joaquim Milheiro que, por alguns motivos confidenciais, trazia na bagagem três resumos para ler. Durante a leitura dos resumos, os restantes membros tinham a difícil missão de manter o silêncio, a concentração e a postura. São atitudes-chaves que levam a um bom comportamento e aproveitamento que proporcionarão vantagens relacionadas com tudo aquilo que se passa dentro da sala de aula.


Após a leitura dos resumos estava aberta a sessão. Dialogar, debater ideias e não permanecer neutro ao assunto debatido eram truques a aplicar. O primeiro conceito a ser abordado foi o etnocentrismo. O etnocentrismo consiste numa atitude onde um indivíduo dentro de um grupo, observa, juíza e censura as outras culturas através de uma comparação com as outras culturas. Essa atitude mostra uma incompreensão em relação aos aspectos das outras culturas e leva a um aumento do sentimento de superioridade em relação aos elementos de fora. Devemos defender a nossa cultura, é certo. Defendê-la com firmeza. Todavia, não devemos ultrapassar os limites da arrogância. Se ultrapassarmos, mostraremos que não temos humildade intelectual, característica essa que é abraçada pela filosofia. Ao esquecermos essa humildade, podemos assumir posturas negativas na nossa sociedade, tais como a xenofobia, o racismo e o chauvinismo.


Com a participação dos alunos a pecar um pouco, talvez por todos nós estarmos maravilhados com o cenário e atrofiados com o insenso, os conceitos bases e argumentos próprios foram demorando a surgir. Porém, com a participação assídua da professora Diana, apresentando-nos as suas ideias com aqueles seus comentários que nos deixam sempre a pensar, o grupo rapidamente entrou na ideia da aula e tudo começou a fluir. Relativismo cultural, aldeia global e falácias, bem com o imperativo hipotético e categórico de Kant, são meros exemplos que nos decalcam, um pouco, os limites da matéria abordada. Passando pelo diálogo de culturas, ou também denominado por interculturalismo, cada um de nós pode-se sentir na pele das pessoas que iam aparecendo no power-point apresentado. Desde um muçulmano a um tibetano, de um caucasiano a um africano, várias culturas eram apresentadas. Cada uma com os seus ideais e maneiras de agir, todas elas devem ser respeitadas e ser encaradas em pé de igualdade.

Quando menos se esperava, já estava na hora de arrumar. Ficou o desgosto por estar tudo a terminar. O desejo de mais aulas daquelas invadia todas as mentes. Ficou água na boca para que tudo se voltasse a repetir. Água na boca não devido aos biscoitos, que sim, estavam deliciosos, mas sim ao espírito, à entrega e à dedicação que todos mostraram. À necessidade de mais acontecimentos como aquele. E a partir daquele intervalo, o tempo parecia longo… Quanto tempo falta para a próxima aula de filosofia?

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