Filosofia e o sentido

Qual o sentido da nossa existência?

Um dos principais sentidos da filosofia desde sempre, é compreender: O que fazemos no mundo? Quem somos? E qual será o nosso destino? E a única certeza que temos é que o nosso destino é a morte.
A crença religiosa, que nos conforta dizendo que a nossa alma será eterna, e que quando a nossa vida térrea acabar seremos salvos, tenta dar um sentido à nossa vida. Mas segundo Popper, esta não é uma hipótese científica, pois a metafísica não pode ser falsificada.
Segundo Camus , filosofo contemporâneo, devido à nossa finitude, a nossa existência não tem sentido, pelo contrario Popper, acredita que é graças a esta mesma finitude, a nossa vida tem mais valor que qualquer outra imortal.
Esta procura, normalmente, inicia-se com o despertar do sujeito, que sente uma desorientação, e acaba por se deparar com as questões ontológicas da filosofia: “Quem sou eu? Que faço no mundo? Qual o meu destino?”
Na minha opinião, a nossa vida tem um rumo, um rumo dado por cada um de nós sendo assim o sentido da vida tem origem em cada um de nós e compete a cada um atingir o seu fim para alcançar a felicidade. Ou seja, devemos procurar o sentido da nossa vida, e dar-lhe o devido valor durante toda a nossa existência.

Jorge Vasconcelos nº11, 11ºC

Comentários

  1. Mª João Costa Silva nº13 11ºC6 de junho de 2011 às 10:10

    Enquanto seres humanos procuramos incessantemente dar sentido à nossa existência e à realidade. E porquê?
    Muitos procuram um sentido para uma orientação dos seus actos. Outros precisam de dar um significado às suas acções e à vida. Alguns são levados a questioná-lo quando passam por uma experiência de dor e infelicidade. Mas o que verdadeiramente ameaça o sentido da vida é a consciência da nossa finitude. Sabemos que estamos destinados a morrer, que a nossa vida é limitada e tem um fim assim como tudo o que nela alcançamos. E é quando tomamos consciência disso que nos questionamos: valerá então a pena viver ou será a nossa existência absurda?
    Segundo Albert Camus o absurdo expressa a relação do eu com o mundo. Desejamos a felicidade, a tranquilidade, a salvação e contudo deparamo-nos com o sofrimento, o fracasso e a finitude e isto poderá levar-nos a pensar que afinal a nossa existência é absurda.
    Já segundo Popper, a vida tem mais valor do que tudo o resto e nós temos tendência para esquecer isso simplesmente porque sabemos que esta tem um fim. Mas isso não deve ser usado como argumento pois da mesma maneira podemos pensar que “se não houvesse um fim, a vida não teria qualquer valor”, e nisto estou plenamente de acordo com Popper. Se temos consciência que um dia tudo vai acabar para nós, o que temos que fazer agora é dar valor à nossa vida enquanto a temos, é aproveitá-la e saber respeitá-la.
    O medo da morte, isso sim é um absurdo. Se todos sabemos que ela é inevitável para quê ocuparmos a vida com esse “assombramento”? Não, não devemos. Devemos apenas viver e nunca nos esquecermos que a nossa vida tem um sentido e sobretudo que ela é inestimável.

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  2. Daniela Vieira, n8, 11ºC7 de junho de 2011 às 04:44

    Um indivíduo está em constante construção, escolhe os seus valores e compromete-se com projectos. Ao construir-se como pessoa procura dar um sentido á sua existência e á realidade. O sentido da existência está relacionado com uma perspectiva que adoptamos em relação a tudo o que ultrapassa o imediatismo da nossa vida quotidiana.
    Quantas vezes não nos perguntamos qual a razão do nosso ser e qual a finalidade da nossa vida? Estas perguntas provêm muitas vezes da finitude do ser humano, no entanto não existe uma resposta definitiva capaz de nos guiar. Talvez actualmente com o progresso do conhecimento, da ciência e desmistificação deseja ainda mais difícil responder, então todo este progresso pode acabar por contribuir para a desorientação. Em situações de limite como a dor, a saturação e a morte estas perguntas surgem com mais intensidade, uma vez que procuramos razões que nos levem a preferir a vida ao nada, o ser ao não-ser.
    Albert Camus teve uma posição radical sobre o sentido da existência. Para ele uma das perguntas fundamentais da filosofia era se a vida merecia ou não ser vivida. E merece? Para Albert Camus a existência humana é absurda uma vez que procuramos a unidade, o absoluto, a salvação e a tranquilidade espiritual, mas não conseguimos alcançar todas estas coisas, assim, na sua opinião a existência carece de um sentido. A morte também confere à vida humana um carácter absurdo, no entanto, o ser humano não deve optar pelo suicídio, deve sim viver sem ilusões.
    Já Karl Popper defende que “se não houvesse um fim, a vida não teria qualquer valor.” E que é o seu fim que nos ajuda a compreender o seu valor, uma vez que é por causa da finitude que colocamos as questões do sentido e valor da vida. A morte é intransmissível, ninguém pode morrer por outra pessoa, torna-nos todos iguais pois ninguém é menos nem mais que ninguém. Não tem idade certa, não é uma coisa de velhos nem doentes, a partir da fecundação qualquer ser humano está sujeito à morte e esse pensamento assusta qualquer pessoa, morte será sempre uma desconhecida. No entanto, pode-se tomar duas posições perante esta finitude, ou se acredita num fim definitivo ou se acredita na imortalidade, sendo que esta última, é considerada uma forma de esconder a finitude e de nos consolar. Para mim, qualquer que seja a posição tomada, devemos usar a finitude como um motor para nos incentivar a atingir os nossos objectivos nos tempos certos. Devemos usar as tarefas e empenhos da nossa vida como formas de resistência diante da morte que sabemos inevitável.
    Na minha opinião Popper tem razão, a finitude não torna a vida absurda, ajuda-nos antes a dar-lhe um sentido, a criarmos objectivos e a lutar por eles.

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  3. Catarina Cavaleiro 11ºC7 de junho de 2011 às 13:59

    Através do estudo da Filosofia podemo-nos aproximar da verdade e das respostas às perguntas existencialistas que são colocadas pelo Homem, e assim tentar definir o inexplicável sentido da nossa existência.
    Tendo a consciência da nossa finitude, o ser humano questiona-se acerca da forma de viver a Vida e o fim desta, a Morte. Aos olhos de Albert Comus, a condição humana é absurda, pois em vês de alcançarmos a felicidade e o sucesso tão desejado, é-nos apresentado o fracasso, sofrimento e finitude, perdendo o sentido que é dado à vida, tornando-a, então, absurda. O Homem atinge a liberdade e a lucidez quando não se conforma com tal e não tenta justificar tudo com a religião.
    Karl Pooper tem uma interpretação completamente diferente de Comus, defendendo assim que se a vida não tivesse fim perderia todo e qualquer valor inerente e o Homem não se esforçava para a aproveitar. Cada um é o próprio no momento da morte e aí nunca mais será visto algo igual, mas a morte é um fenómeno iminente pois para morrer basta estar vivo.
    Portanto, o sentido da vida está intimamente relacionado com a morte, pois esta impõe um obstáculo ou não à existência humana, condicionando-a. Na minha opinião, como resposta a todas as perguntas que temos a cerca deste tema, a religião é uma forma de amenizar e confortar consciência, não sendo portanto o caminho a seguir. Está, na perspectiva de Popper, a forma de encarar tudo o que nos inquieta, não esquecendo a finitude humana. Como meio de encarar e interpretar o que nos rodeia, o Homem terá de entender que a morte, de certa forma, tem o poder de nos pôr a reflectir e equacionar a resposta à pergunta “Qual o sentido para a vida? Terá?”, cabe a cada um de nós a sua resposta, pois cada um, com a sua identidade definida, tomará um rumo e entenderá se está apto para tomar a decisão de percorrer o seu próprio caminho, completo e complexo que é: a vida.

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  4. André Silva Nº5 11ºC7 de junho de 2011 às 16:10

    A Filosofia e o Sentido


    Com a filosofia, temos como um dos objectivos, o de questionarmos e compreendermos o sentido da nossa existência, ou seja, tentar chegar a uma resposta para perguntas existenciais, de natureza metafísica, como “Quem somos?”, “O que fazemos no mundo?” e “Qual o nosso destino?”.
    Para filósofos como Camus, a nossa existência não tem sentido, por causa da nossa finitude.
    No entanto, segundo as crenças religiosas a nossa alma é imortal, levando assim à reflexão sobre as questões existenciais (existencialismo).
    Para algumas pessoas as crenças religiosas são a resposta para estas questões existências, no entanto para Popper, as crenças religiosas não podem responder a estas questões pelo facto de não poderem ser empiricamente verificáveis.
    É aqui que entra a filosofia, que nos tenta ajudar na nossa busca incessante por respostas a estas questões existenciais, uma vez que todos nós sabemos que vivemos, crescemos e morremos, no entanto o que não sabemos é se existe vida depois da morte e devido a esse facto vivemos numa constante angústia à procura de uma resposta para esta pergunta, sendo a filosofia fundamental no nosso caminho de procura por uma resposta.
    Assim, a filosofia tenta dar um sentido à nossa existência e tenta-nos transmitir que nos devemos questionar acerca destas questões, mas não devemos viver obcecados em encontrar uma resposta para estas perguntas, tentando aproveitar a vida e o melhor que ela tem, vivendo um dia de cada vez e sempre como fosse o último, para não morrermos sem realmente termos vivido.
    Em suma, nestes dois últimos anos a filosofia foi fundamental na minha vida, ajudando-me a encontrar e a dar um sentido à minha vida e ajudando-me a compreender e a aceitar que nem todas as perguntas tem uma resposta e que devemos saber viver na dúvida e na incerteza, pois se tudo na vida fosse certo, a vida perderia toda a sua graça.

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  5. Sofia Justo nº3 11ºC8 de junho de 2011 às 02:36

    Reflectir sobre o sentido da existência é uma tarefa indeclinável para todo aquele que procura viver uma vida realmente humana. Enquanto seres humanos não nos podemos demitir de perguntar pelo sentido mais profundo do nosso viver, que ultrapassa os sentidos prático-utilitários de tudo o que vamos fazendo no quotidiano.
    Porque perdemos a inconsciência primordial que caracteriza as restantes formas de vida sobre a Terra e constituímos “uma extravagância do universo”, não podemos deixar de nos interrogarmos, fazendo-o com mais premência nas situações-limite de sofrimento ou morte dos que nos são queridos, que se constituem em experiencias de sentido, ou melhor, experiencias de ausência de sentido.
    No horizonte da pergunta encontra-se sempre a consciência da finitude e da contingência: somos seres finitos e vivemos num breve momento do tempo que não vai permanecer; somos seres contingentes, isto é, existimos, mas podíamos não existir.
    Para alguns filósofos, estas mesmas características do ser humano são a condição fundamental para ser conferido à nossa vida um sentido, como pensa Popper, para outros esta é a mesma razão para a nossa existência perder o significado, como afirma Cumes.
    A resposta à pergunta pelo sentido tem de ser encontrada por cada um, individualmente, o que é o mesmo que dizer que não há receitas, nem modelos de vida predefinidos; mas do ser humano que se questiona apodera-se sempre o sentimento perturbador de que é responsável pelo que fizer da sua vida. Esta responsabilidade estende-se aos outros, ao momento presente, mas também ao futuro que o presente pode comprometer. A pergunta pelo sentido da existência revela-se afinal uma pergunta de natureza ética: O que devo querer e o que devo fazer?

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  6. Filosofia e o sentido

    Quem nunca se questionou como será a vida para além da morte? E se existirá? Qual o verdadeiro sentido da nossa existência, se tudo acaba quando morremos? Para quê o esforço de tentarmos ser seres melhores e correctos?
    Não sabemos responder a estas perguntas, apenas sabemos que somos seres finitos. Mas que apesar disso, todos os dias, milhares de pessoas tentam ajudar os outros, seguir os seus sonhos, serem felizes. Não se importam com o que há para além da realidade que conhecem, apenas lutam por si e pelos outros, sem se importarem com o dia de amanhã, ou com o simples facto de sermos finitos.
    A nossa vida é curta temos que aproveita-la. SABER VIVER É FÁCIL! Como li uma vez, basta aceitarmos o impossível, dispensar o indispensável e suportar o intolerável.
    Há poucas garantias na vida, mas para mim uma é certa. Não importa o dia de amanhã, o importante é o facto de hoje querer ser feliz, e é por isso que vou lutar cada dia da minha existência. Mesmo que não haja nada para além do mundo que nós conhecemos, eu vou poder dizer, na altura do fim, que fui feliz e que só o simples facto de ter nascido já valeu a pena.
    E não se esqueçam de sorrir para a vida, e verão que esse sorriso será retribuído de uma forma mágica e única. Sejam felizes.



    Alexandra Silva nº2 11ºC

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