Resumo da aula 4/05/2011 - 11ºC

A passada aula de Filosofia, do dia 4 de Maio, foi iniciada com a correcção do trabalho de casa das páginas 185 e 189, que consistia na explicação pela qual August Comte não considerava a história, a psicologia e a sociologia como ciências, pois não tinham, para Comte, atingido o estado positivo, ou seja, não procuravam (através do raciocínio e a observação) as leis efectivas que exprimissem as relações invariáveis dos factos. E, também, falta a estes saberes, explicar os factos através da união entre os fenómenos particulares com os gerais, sendo assim consideradas como ciências metafísicas, onde se inseria a filosofia, por exemplo;
As ciências sociais e humanas têm como sujeito de investigação o Homem que coincide com o objecto, e isto é uma barreira porque compromete a objectividade da investigação devido à proximidade com o seu objecto; além disso, as características dos fenómenos são relativas ao espaço cultural e geográfico e tempo histórico em que eles ocorrem, daí que as previsões fiáveis são condicionadas pelos valores que as norteiam.
Mas, tal não significa que as ciências sociais e humanas não possam ser consideradas ciências, apenas detêm um estatuto de cientificidade diferente. Se das ciências naturais/empíricas fazem parte do modelo explicativo, que exige um afastamento entre sujeito e objecto, o modelo das ciências sociais e humanas é o compreensivo e exige o uma proximidade entre sujeito e objecto. Em vez de estabelecer relações de causalidade, como o anterior, procura interpretar diversos sentidos culturais, históricos e psicológicos da realidade humana.
Também, na última aula, iniciamos o subtema, - ciência e construção, validade e verificabilidade das hipóteses -, o indutivismo e o critério da verificabilidade das hipóteses; o carácter metódico do conhecimento científico distingue a ciência do conhecimento vulgar e o conjunto de procedimentos ou regras que a ciência utiliza para atingir os seus objectivos designa-se método; partimos da definição de método indutivo, que parte de observações particulares para leis universais, e este consiste na observação dos fenómenos, descoberta da relação entre os mesmos e a generalização da relação; O cientista chega a conclusões gerais a partir de casos particulares; e as novas teorias complementam conhecimentos às antigas, e as hipóteses para serem científicas têm de ser confirmadas; Disto vem que, o critério verificacionista tem sentido se for empiricamente verificável, mesmo que em alguns casos – indução.

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