Ponto da situação

As nossas acções distinguem-se de outras coisas que nós fazemos e de coisas que purra e simplesmente nos aconrtewcem.
é fácil de ver que, por exemplo, apanhar um resfriado não é propriamente uma acção e que seria mesmo bom que não acontecesse. Respirar, ressonar, evitar automaticamente um obstáculo inesperado são coisas que fazemos mas que não são acções.
A acção supõe sempre um agente, isto é, um sujeito responsável pela acção. O sujeito da acção, ao agir, é motivado a agir, fá-lo de forma consciente e intencional, a acção é voluntária.
A presença implícita da motivação na acção significa que esta não é arbitrária nem gratuita, isto é, não é o resultado de um puro capricho do sujeito, não se apresenta como destituída de fundamento. É a motivação, a presença de razões para agir que impele o sujeito para a prática da acção; mas, quando o faz, fá-lo porque pretende atingir um determinado objectivo, isto é, tem uma intenção: o ser humano, diferentemente dos outros animais, não vive apenas no imediato, mas projecta-se, dirige-se mentalmente para o futuro e é assim que ele é capaz de conceber intenções.
Por último, mas não menos importante, por tudo o que dissemos, podemos concluir pela natureza voluntária da acção. Vontade, todavia, não significa fazer o que se quer, o que imediatamente dá prazer, mas fazer aquilo que achamos que devemos fazer, já que, como seres racionais, a rãzão determina ou deve determinar a nossa vontade.
A natureza voluntária da acção implica que ela seja precedida por um projecto, projecto esse que é clarificado pela capacidade de o avaliarmos, isto é, deliberar, pesar os prós e os contras e decidir levá-lo ou não à prática.

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